(03/06) - Dando seguimento às suas ações pedagógicas no mundo digital, o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), por meio da Escola de Contas (Ecojan), promoveu na manhã desta quarta-feira, 3, a live “Cultura, ensino e atividades da educação durante a pandemia”.
A transmissão ao vivo contou com palestras do presidente da Academia Sergipana de Letras (ASL), José Anderson Nascimento, sobre os impacto da pandemia do novo coronavírus na atividade e produção cultural; do presidente da Academia Sergipana de Educação, Jorge Carvalho do Nascimento, que explanou sobre a realidade da educação brasileira durante o período de isolamento social; e da diretora técnica do TCE, Patrícia Verônica, que falou sobre a Escola de Contas e o controle social na formação profissional.
A manhã de conhecimento foi aberta pelo diretor da Ecojan, conselheiro Carlos Pinna de Assis, que atuou como moderador e registrou os mais de 2000 acessos nos trabalhos virtuais do TCE/SE durante o mês de maio. “Hoje nós inauguramos uma nova modalidade de atuação. Esta live toca no assunto cultural, educacional e na especificidade de ação do Tribunal de Contas”, disse o conselheiro.
“É propósito da nossa Escola de Contas interagir com os servidores, principal destinatário dessa primeira live, início de uma sequência que irá até o final de junho”, acrescentou.
Profundo conhecedor da cultura sergipana, o presidente da ASL e jurista aposentado, José Anderson Nascimento, traçou um panorama das imensas dificuldades enfrentadas por todo setor cultural brasileiro durante a pandemia do novo coronavirus, destacando a ausência de políticas públicas de fomento aos profissionais.
“O sujeito da cultura é autônomo, depende de seu público. Afastado, sem a promoção de eventos e a ajuda do poder público, ele não consegue sobreviver”, comentou.
Ainda sobre as novas possibilidades online, José Anderson destacou que boa parte da população não possui acesso à internet, fator que é um grande entrave durante a pandemia.
Dando continuidade à live, o professor e ex-secretário de Estado, Jorge Carvalho do Nascimento, descreveu o cenário do setor educacional do período, colocando com dados numéricos as desigualdades vivenciadas por estudantes brasileiros de diferentes classes socioeconômicas, e também ressaltou a preocupação do TCE/SE em garantir a aplicação correta do dinheiro público na educação sergipana através de um trabalho sério e constante.
“A pandemia pôs em casa mais de 47 milhões de estudantes e nos sinalizou as imensas desigualdades do país. Apenas 47% dessas crianças e jovens possuem acesso à internet, o que só acentua o déficit de aprendizado e o desenvolvimento do país”, informou o palestrante. Jorge Carvalho disse ainda que o importante é garantir o aprendizado, pois a escola deve ser um meio de inclusão.
Responsável pela última palestra da transmissão, a diretora técnica do TCE, Patrícia Verônica, falou sobre o papel do Tribunal de Contas no desenvolvimento profissional do cidadão, a fim de que estas pessoas exerçam plenamente sua cidadania. “É importante que se resgate o papel das instituições democráticas que devem promover de forma contínua ações junto à sociedade no combate ao descompromisso com o dinheiro público, no combate à corrupção, práticas que se avolumam a cada dia”, colocou.
A professora reafirmou a importância da Ecojan e de todos os seus projetos, sobretudo, na disseminação da relevância do controle social. “O cidadão não pode ficar como mero espectador, ele tem que funcionar como colaborador, denunciar e auxiliar na ordem social”, finalizou.
Por fim, o conselheiro Carlos Pinna fez questão de enaltecer o incentivo do presidente do TCE/SE, conselheiro Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, e dos colaboradores envolvidos nos trabalhos virtuais.