A decoração natalina no Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) apresenta, este ano, um item inédito em Sergipe: um presépio napolitano com cerca de 100 peças de diversas partes do mundo. A novidade já está exposta no hall da Corte e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
O símbolo natalino foi montado pelo arquiteto Thiago Moura, que é o proprietário e colecionador das imagens obtidas, na sua maior parte, em Nápoles, na Itália. Ele explica que as peças são feitas em terracota, pintadas a óleo, possuem olhos de vidro e vestes confeccionadas com seda.
“Tudo feito à mão. Isso vem desde o século XVII até os dias de hoje; é um presépio muito rico, porque os personagens se multiplicam”, afirma.
Moura descreve o presépio como uma parada no tempo em que é possível contar uma história que leva os olhares para o nascimento do menino Jesus.
“Tem a corte dos negros, a corte dos mouros, a corte dos brancos, aí tem os populares, tem os pobres, os mendigos, que foram todos homenagear o nascimento do menino Jesus. E o cenário reflete uma vila napolitana, no século XVII, onde as pessoas estão conversando para saber onde está o menino Jesus. É uma busca para saber onde ele está”, disse.
Na montagem há ainda baús de ossos e madrepérola, além de pratarias compradas em feiras de antiguidades em Paris.
Segundo o arquiteto, o presépio remonta uma tradição do século XVII, quando Carlos de Bourbon chegou em Nápoles.
“Nápoles, na época, era um centro rico, efervescente na Itália. Todo mundo que tinha condições, que fazia parte da aristocracia, tinha um grande presépio feito por grandes artistas italianos. Isso remonta ao século 17 e é chamado período áureo de Nápoles, o período do ‘settecento’, como eles falam lá, setecentos. É o presépio cortês ao modo napolitano”.
Fotos: Marcelle Cristinne
Texto: Luana Maria