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Parentalidade positiva é tema de roda de conversa promovida pela Comissão da Primeira Infância do TCE

A Comissão da Primeira Infância do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE/SE) promoveu na manhã desta sexta-feira, 30, a roda de conversa “Um novo olhar a partir da parentalidade positiva”, iniciativa que finaliza as ações realizadas ao longo deste mês da primeira infância.

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O evento teve início por volta das 10h e foi conduzido pela educadora parental e especialista em educação e desenvolvimento infantil, Laís Follador; pela promotora de Justiça dos Direitos do Cidadão, tutela coletiva na área da infância e adolescência, Dra. Maria Lilian Mendes Carvalho e pela presidente da Comissão da Infância, Adolescência e Juventude da OAB/SE, Thaísa Ribeiro Nunes Fontes.

Aspectos da parentalidade positiva e a importância dela para o desenvolvimento da criança foram abordados durante o evento. Laís Follador explicou do que se trata essa parentalidade positiva, ou parentalidade consciente, como costuma chamar: “É educar com consciência. Eu prefiro parentalidade consciente do que parentalidade positiva. Porque educar com consciência diz que a gente tem a atenção. É mais do que só paciência. A gente está atento para os nossos impulsos. Porque é muito fácil a gente reproduzir o que a gente recebeu na nossa infância. Mas hoje nós temos informações que nossos pais não tinham. Então a gente pode educar com respeito. Afinal, a gente só vai ensinar a criança a respeitar outras pessoas se a gente tratá-la com respeito também”, explica.

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A especialista destacou também que a educação consciente e empática não tem a ver com permissividade, mas sim com gentileza e respeito. Ainda segundo ela, a consequência disso é a construção de uma relação saudável entre pais e filhos e a formação de um ser humano respeitoso.

A parentalidade positiva e o direito ao brincar como estratégias para prevenir a violência contra crianças já é prevista no Brasil através da Lei nº 14.826/2024, sancionada em março deste ano.

“A lei vem trazer a ideia de uma educação de crianças e adolescentes baseada no respeito, no afeto e na não violência. Essa lei traz também, além desse conceito da Parentalidade Positiva, o direito ao brincar, que é um direito fundamental de toda criança, garantido de forma mundial, reconhecido mundialmente”, afirma a advogada Thaísa Ribeiro Nunes Fontes.

A servidora do TCE, Glória Teles, conta que está grávida e que aprendeu bastante com o evento. “Vou sair daqui com muito aprendizado sobre parentalidade positiva, sobre direitos da minha futura baby. A importância dos primeiros cinco anos da vida para o desenvolvimento dela. A importância de desenvolvê-la aqui na barriga ainda. E, assim, principalmente que hoje em dia a gente tem muitas atribuições. Somos mães, funcionárias, servidoras. E sempre pensar que é necessário ter paciência para criar uma criança. Apesar da gente se aperrear de vez em quando, se estressar, nós temos que saber que estamos criando um ser humano. E como foi falado na palestra, a intenção aqui é criar um ser humano extraordinário”, disse.

A roda de conversa finalizou as ações alusivas ao mês da primeira infância. Desde o início do mês, um episódio do podcast “Primeira Infância é da Nossa Conta” foi lançado semanalmente. O objetivo foi apresentar as boas práticas e contribuir para a conscientização dos gestores públicos e da sociedade como um todo com diferentes temáticas relacionadas à primeira infância através de entrevistas com especialistas.


Texto: Luana Maria

Fotos: Marcelle Cristine

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